BALANÇO DA ÉPOCA 2013/14
Chegou ao seu termo mais uma época, a terceira
desde que começámos. Tal como nas outras, as dificuldades prevalecem. Vamos
tentando levar por diante este projecto. Por vezes a nossa força anímica
desvanecia-se; a atitude demonstrada por alguns dos miúdos, os resultados que
se obtiveram e o apoio surgido de forma inesperada no início do ano, é que nos
vieram dar um novo alento.
Voltámos a inscrever-nos na ATML apesar de termos
sido aliciados para nos inscrevermos na de Leiria. No entanto, continuamos a
achar que em Lisboa, apesar dos poucos clubes existentes na formação de
atletas, sempre são mais e daí haver mais competição e simultaneamente a
evolução ser mais profícua.
Dos objectivos a que nos propúnhamos, foram
concretizados: o restauro das três mesas, agora aptas para competição; a sala para
a secção foi disponibilizada, faltando ainda a sua pintura e a aquisição de um
móvel onde possamos guardar os equipamentos e expor alguns dos troféus que se
vão conquistando; através de algumas iniciativas foram obtidos alguns fundos.
Por concretizar: o melhoramento da iluminação; a aquisição de um mecanismo para
o aquecimento de água para os banhos; a promoção de provas, quer de Seniores
quer nos escalões de formação, por falta de espaços; a criação de uma equipa
feminina.
DIVULGAÇÃO
Tal como no início das épocas anteriores deixámos
panfletos e cartazes nas várias escolas da cidade, no entanto, dos miúdos que
apareceram nenhum teve conhecimento através daquelas entidades.
Comunicação Social
Se nas épocas
anteriores lamentávamos por não aparecerem notícias do Ténis de Mesa nos órgãos
de comunicação social local, mesmo quando as facultávamos, o mesmo não podemos
dizer actualmente: o jornal O Mirante publicou uma entrevista, feita na sede do
clube, ao treinador João Duarte e ao atleta Afonso Vagarinho; a Rádio Pernes,
numa emissão em directo no programa desportivo Livre Directo, falou com João
Duarte, Afonso Vagarinho e Manuel Rodrigues e nos jornais Correio do Ribatejo,
o Mirante e O Ribatejo, passaram a sair notícias praticamente todas as semanas.
Estas notícias vieram dar uma visibilidade muito grande à modalidade. Deixamos
aqui o nosso elogio àquelas entidades pelo espaço que nos cederam.
PARCERIAS
•Voltámos a assinar o protocolo com a Decathlon em
moldes quase iguais aos da época transacta mas, na aquisição dos equipamentos
uma parte teve de ser suportada por nós. O clube, os sócios e os atletas
voltaram a beneficiar de condições especiais na aquisição de artigos.
•Mantivemos
conversações com uma entidade financeira a fim de nos tornarmos seus promotores.
As vantagens financeiras a que o clube e as várias secções poderiam vir a
usufruir, não no imediato, mas a curto e longo prazo seriam uma futura fonte de
receita. Mas por razões várias, a que fomos alheios bem como aquela entidade, a
parceria não se chegou a concretizar.
DESLOCAÇÕES
Mais uma vez foi primordial a boa vontade e disponibilidade
evidenciada por alguns dos pais que nos acompanharam em todas as provas em que
participámos. Só foi possível participarmos nas duas provas mais longínquas,
que contavam para a classificação nacional, e que ficam fora do nosso raio de
acção, porque conseguimos através de pessoas amigas arranjar lugar onde
pernoitar.
Angariação
de Fundos
Em conversas que fomos mantendo ao longo da época anterior, era nossa
intenção fazer-nos representar com alguns dos miúdos num Campus Internacional
de Ténis de Mesa, que se realizaria no mês de Agosto no país vizinho. Para isso
tínhamos de procurar obter fundos para minimizar os gastos na deslocação. Uma
parte do valor necessário foi conseguido através de um sorteio de Natal, o
restante teria de ser suportado por cada um. Mas a pouco mais de um mês do
acontecimento surgiram situações que de todo não esperávamos como a desistência
inicial de um e da falta de comparência de outro nas várias reuniões tidas. Face
a estas contrariedades os outros optaram por não ir. Foi pena, pois seria um
momento marcante na sua formação. O contacto com atletas de outras
nacionalidades, com outras culturas e mentalidades, os treinos ministrados por
pessoas credenciadas bem como os esquemas de treino que iriam assimilar seriam
factores de amadurecimento em todos os aspectos.
TREINOS
Para que os miúdos pudessem exercitar-se o maior
número possível de horas, e procurando também ir ao encontro dos dias em que
tinham disponibilidade de horários, houve treinos todos os dias da semana. O
local continuou a ser na sede do clube mas torna-se cada vez mais difícil
naquele espaço diminuto os miúdos poderem desenvolver todo o seu potencial.
Continuamos a procurar um espaço com condições e onde se possam colocar cinco
ou seis mesas.
No início do ano, às Terças e Quintas-feiras,
começámos a ter uma ajuda valiosíssima de João Guedes, pessoa dedicada e com
quem os miúdos criaram de imediato uma enorme empatia.
COMPETIÇÃO
Participámos a nível oficial em todas as provas
organizadas pela ATML e nalgumas da FPTM, bem como em algumas de âmbito
popular. Inicialmente a nível oficial inscrevemo-nos nos escalões de Infantis,
Cadetes e Juniores, mas apenas tínhamos equipa completa em Infantis. Estes
ainda fizeram algumas provas no escalão de Cadetes mas, por razões de vária
ordem, fomos obrigados desistir, o mesmo acontecendo no escalão de Juniores.
Não se entende que alguns tenham abandonado sem
darem qualquer tipo de explicação ou dito qualquer palavra. Demonstraram não possuir
o que é ter noção de o assumir de compromissos, responsabilidades e até mesmo
falta de carácter. Não sabemos se abandonaram por vontade própria ou se por
qualquer outro motivo.
É muito difícil conseguir-se que os miúdos atinjam
níveis mais ou menos elevados porque passada uma época ou menos vão desistindo,
do mesmo modo é difícil constituir equipas homogéneas.
A nível desportivo foi uma época recheada de êxitos
quer individuais quer colectivos.
Individualmente deve ser salientado o desempenho de
todos os Infantis com, Manuel Rodrigues a ser o grande equilibrador, João Matos
que nos surpreendeu em todos os aspectos e Afonso Vagarinho a ser um triunfador.
Podem, se assim entenderem eles e os pais, vir a evoluir muito e de forma
consistente. Têm todas as condições para poderem atingir níveis superiores,
cada um dentro das suas aptidões e do seu próprio estilo.
O destaque,
sem sombra de dúvidas, vai para Afonso Vagarinho que foi convocado para a
Selecção da ATML, onde participou no Torneio Inter-Selecções que decorreu em
Setúbal, prova organizada pela FPTM, e também participou num mini-estágio denominado
de “Mais Futuro” organizado pela ATML.
Classificações individuais
nalgumas das provas em que participaram:
Afonso Vagarinho
Campeão Distrital por equipas
Vice-Campeão Distrital individual
1ºs Lugares nos Torneios da Ardog e Montamora
2ºs Lugares no Torneio de Natal da ATML, Torneio da
MDS e III Torneio Leões de Porto Salvo.
3º Lugar no V Torneio João Monteiro e do Montamora
(Cadetes)
12º Lugar no XLIII Torneio Cidade de Lisboa
João Matos
Campeão Distrital por equipas
2º Lugar Torneio da Ardog
3ºs Lugares nos Torneios da ADL Torre e Espinheiro
4ºs Lugares no Torneio de Natal do Montamora e no V
João Monteiro
10º Lugar no XLIII Torneio Cidade de Lisboa
Manuel Rodrigues
Campeão Distrital por equipas
2º Lugar no Torneio de Natal do Montamora
4º Lugar no Torneio ADL Torre
5º Lugar no V Torneio João Monteiro
6º Lugar no Torneio da Ardog
9º Lugar no Torneio de Natal da ATML
10º Lugar no III Torneio Leões de Porto Salvo
11º Lugar no XLIII Torneio Cidade de Lisboa
14º Lugar no Torneio MDS
De realçar ainda as classificações que obtiveram no
Ranking Nacional da FPTM no seu escalão: Manuel Rodrigues e João Matos em 34º
lugares com 65 pontos e Afonso Vagarinho em 51º lugar com 51 pontos. Devemos no
entanto referir que apenas participámos em duas provas que pontuavam para este
Ranking.
Classificações colectivas
INFANTIS
Campeões Distritais da Associação de Ténis de Mesa
de Lisboa.
1ºs Lugares nos Torneios; da MDS, João Monteiro, dos
Leões de Porto Salvo e da Ardog.
2º Lugar no Torneio do Montamora.
3º Lugar no XLIII Torneio Cidade de Lisboa.
SENIORES
Não conseguimos fazer singrar este escalão. Os
motivos foram vários e apenas destacamos alguns. Tal como havíamos dito no
balanço da época anterior, nenhum dos atletas que tinham aderido aos treinos
tinham entrado alguma vez em provas oficiais; uns entenderam que não tinham
ritmo de jogo suficiente, outros não sentiam motivação para participar em
provas. Alguns iam treinar porque para além de gostarem também lhes permitia
manter a forma física.
Apenas participámos numa prova e obtivemos o 13º Lugar
no III Torneio Centro Voleibol de Lisboa.
OUTROS
ASPECTOS
Ainda relacionados com as boas prestações, ao longo
da época devemos salientar o prémio atribuído no evento “O Desporto é Solidário”
levado a cabo pela Câmara Municipal de Santarém a Afonso Vagarinho como Desportista
do Ano (votação online). E aqueles atribuídos pelo clube nas suas comemorações
do nonagésimo sétimo aniversário: a Afonso Vagarinho como atleta do ano; à
equipa de Infantis como equipa do ano e a João Duarte como treinador do ano.
REPAROS
Nas provas organizadas pela ATML, os períodos de tempo de inactividade
foram enormes; entre as várias provas existiram meses sem qualquer actividade.
Em contrapartida, chegou a haver provas marcadas com 48 horas de antecedência.
A falta de integridade de alguns
atletas, que após terem confirmado a sua presença para determinadas provas, não
terem comparecido no local da partida e simultaneamente ficarem incontactáveis.
CONVÍVIOS
Pela primeira
vez desde que a secção foi reactivada conseguiu-se concretizar a Festa de Natal.
Foi levada a efeito na sede do clube com a participação de atletas e alguns
familiares. Para esta convivência convidámos o Montamora Sport Clube e o
Sporting Clube de Tomar. Durante a tarde foram realizados duas partidas, uma em
Infantis/Cadetes e a outra em Juniores. No final dos encontros foi a festa
propriamente dita, com a troca de presentes entre todos.
No final da época foi realizado outro convívio,
este por iniciativa de alguns dos pais. Foi decomposto em duas vertentes: uma
desportiva e outra de lazer. A desportiva decorreu durante a tarde com partidas
realizadas jogando todos contra todos, dos inscritos. Enquanto uns iam jogando,
os outros iam fazendo “jogo de mesa”, penicando e bebericando o que se havia
levado para o efeito. A de lazer, após a desportiva, compôs-se de um churrasco
que durou até perto das 00h00. Mas ainda houve tempo para alguns discursos
proferidos por: João Duarte pela secção; Luís Matos pelos pais; Noel Mónica
como amigo; Fernando Graça pelo clube e Afonso Vagarinho, Manuel Rodrigues,
Bruno Marques e João Matos como atletas. Pena foi, que nem todos pudessem estar
presentes.
Estas
convivências para além de reforçar os laços que nos unem, também têm uma forte
componente de estreitamento das relações entre os clubes que vão aparecendo no
Distrito e que porventura, ainda poderão vir a ser o suporte da Associação que
se pretende implantar.
OBJECTIVOS 2014/15
•Continuar a desenvolver esforços no sentido de
tentar arranjar um espaço com condições adequadas, e enquanto isso não se
consegue tentar melhorar as condições existentes na sede.
•Diligenciar para se manter a parceria existente com a
Decathlon, para a aquisição de um equipamento alternativo, exigido nas
competições oficiais da FPTM.
•Tentar concretizar uma parceria que está em
perspectiva com um Agrupamento de escolas da cidade, para implementar um
programa da FPTM com o nome de “O Ténis de Mesa vai à Escola”.
•Envidar esforços para a captação de novos valores
em especial do sexo feminino.
ALTERAÇÕES
•Os dias e horários dos treinos serão readaptados. Não
será possível mantê-los durante todos os dias da semana a não ser que surjam alterações
significativas.
Pela análise feita ao longo destes 3 anos,
constatámos que a disponibilidade dos miúdos é inversamente proporcional
durante os períodos de aulas e os de férias. Assim os dias de treinos nestes
últimos também serão revistos.
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