quarta-feira, 22 de julho de 2015

Balanço da Época 2014/15


BALANÇO DA ÉPOCA 2014/15
Terminou outra época desportiva, a quarta a nível federado. Os resultados obtidos a nível individual podem considerar-se razoáveis, já o mesmo não se pode dizer a nível colectivo. Sabemos que não existem épocas iguais e nem sempre se conseguem alcançar os resultados que se almejam, no entanto, a nossa expectativa era outra. 
Como no início da época o número de clubes no Distrito, com formação, continuava a ser de três, voltámos a inscrever-nos na Associação de Ténis de Mesa de Lisboa. Mas, foi com regozijo que apadrinhámos e vimos nascer um novo clube no nosso Distrito; é o terceiro a aparecer, depois de termos reactivado a secção. Que consigam levar por diante esse objectivo são os nossos votos. Sabemos por experiência o quão difícil é quando se começa do zero e, dependendo do empenho que se imprima, só passados 4 ou 5 anos é que se começam a ver os resultados. Uma secção necessita de ter uma estrutura, que não seja baseada apenas numa única pessoa, sob pena de vir a sucumbir por variadíssimas razões. Para funcionar minimamente deve ser constituída pelo menos por três pessoas e preferencialmente que sejam dinâmicas, que tenham ideias, que queiram fazer coisas, que estejam empenhadas, que gostem da modalidade e que, acima de tudo, possam e queiram dedicar algum do seu tempo.
É nessa estrutura que tudo deve começar, desde logo, para definir quais os objectivos para a época como, por exemplo, definir com os pais: 
•O que cada um pretende (pais e filhos): apenas divertimento; ocupar o tempo e ao mesmo tempo facultar-lhes alguma actividade física; aprender a jogar sem qualquer outro objectivo; competir apenas por competir; competir a nível popular; competir a nível oficial ou competir para atingir performances elevadas;
•Definir quais as provas em que se vai participar;
•Que os miúdos possam participar no escalão imediatamente acima do seu para completar ou reforçar a equipa e, ao mesmo tempo, adquirir experiência; 
•Qual a Associação que entendem ser a mais adequada para o clube se filiar, etc., etc…
Quem fizer parte dessa estrutura deve ser responsável e ter o cuidado de analisar as questões no seu todo, e não em parte ou em função de A, B ou C.

FORMAÇÃO
No âmbito do projecto da Federação Portuguesa de Ténis de Mesa “O Ténis de Mesa Vai à Escola”, foram levadas a efeito, na nossa região, duas acções de formação para professores, uma em Alpiarça e outra em Santarém. Na sessão de abertura da que se realizou na nossa cidade, nas instalações da Escola Secundária Sá da Bandeira, estiveram presentes para além do formador e vice-presidente da FPTM, João Oliveira, a vereadora do desporto da Câmara Municipal de Santarém, Inês Barroso; o chefe de divisão da Equipa de Educação e Juventude da Câmara Municipal de Santarém, Alfredo Amante; a Directora da escola, Adélia Esteves; o Director do Centro de Formação da Lezíria do Tejo, António Amendoeira; a coordenadora do Desporto Escolar Lezíria e Médio Tejo, Ana Lima; o presidente e o vice-presidente da FPTM, Pedro Moura e Tiago Viegas respectivamente e pelo clube Fernando Graça e João Duarte.

PROTOCOLO
Após a conclusão da formação de professores, foi assinado entre o Grupo de Futebol dos Empregados no Comércio e o Agrupamento de Escolas Sá da Bandeira, um protocolo de cooperação a ser desenvolvido em duas escolas do ensino Básico pertencentes àquele agrupamento. Inerente a este protocolo, recebemos da FPTM 24 raquetas de aprendizagem e 72 bolas.

DIVULGAÇÃO
Como em épocas anteriores, e antes do seu início, foram distribuídos por diversos locais, panfletos onde se sensibilizava os jovens para a prática da modalidade. O mesmo também aconteceu com as novas formas de divulgação nas redes sociais.
Estivemos também presentes em locais para os quais fomos solicitados e assim pudemos contribuir para divulgar a modalidade. Esses locais foram:
• Santarém, na Escola Secundária Sá da Bandeira, no projecto da FPTM “ O Ténis de Mesa Vai à Escola”, na formação de professores;
• Alpiarça, na Escola Secundária José Relvas, no projecto da FPTM “ O Ténis de Mesa Vai à Escola”, na formação de professores;
• Santarém, na Escola Secundária Sá da Bandeira, demonstração no Torneio organizado pela turma TGD1.
• Rio Maior, a convite do Clube de Ténis de Mesa daquela cidade, para ali se efectuar um mini treino e posteriormente um torneio com aqueles que agora se estão a iniciar, bem como com aqueles já mais graúdos.
A nível da imprensa regional, nos jornais Correio do Ribatejo, O Mirante e O Ribatejo, também saíram notícias referentes ao Ténis de Mesa.

PATROCÍNIOS
Foram feitos alguns contactos no intuito de se arranjar um parceiro que nos pudesse auxiliar com apoio financeiro. Não fomos bem-sucedidos com as propostas apresentadas. O tempo foi passando e a parceria que vínhamos mantendo com a Decathlon acabou por não se efectivar.

TREINOS
De Setembro até Dezembro desenvolvemos a actividade no salão do clube; a partir de Janeiro pudemos começar a usufruir do pavilhão da Escola Secundária Sá da Bandeira. O espaço em si possui as condições adequadas, no entanto, estamos condicionados em relação aos horários pois, ali, também são desenvolvidas outras actividades. 
Continuámos a ter a colaboração de João Guedes, esporadicamente a presença de Rui Eloy e quase no fim, a comparência assídua de João Frazão, do Clube de Ténis de Mesa de Rio Maior, que havia pedido para participar nos treinos e ao mesmo tempo ver in loco como eles se desenrolavam. A presença deles junto dos miúdos foi benéfica em todos os aspectos. Todos sabemos que os miúdos, se tiverem como parceiro uma pessoa mais velha e com uma bagagem técnica acima da deles, se motivam mais e o seu empenhamento (concentração) e desempenho são outros. De salientar ainda a presença, de forma passageira, nalguns treinos, de Serge Kiwitti (Luxemburguês) e de Eduardo Charters (a estudar na Hungria). Foi emocionante para aqueles miúdos que puderam “bater” umas bolas com eles. Ambos participam nos respectivos Campeonatos Federados daqueles países.
O ténis de mesa é uma modalidade individual, mas tem que haver um parceiro para que possa ser praticada, por isso, no treino tem de existir cooperação de ambos para que o mesmo possa fluir de forma salutar. A evolução de cada um passa pois pelo empenhamento dos dois. É efectivamente no treino que começa a formação nas várias vertentes: a pontualidade, a assiduidade, a disciplina, o rigor, a exigência, o empenho, a dedicação, o auto controlo, a perseverança etc., são alguns dos aspectos importantes a ter em conta. É no treino que vão interiorizando o “Saber Ser”, “Saber Estar”, “Saber Fazer”. É no treino que se aprende a fazer, que se corrige e se aperfeiçoa. Conforme vão avançando na sua evolução mais horas de treino são necessárias.

           Alguns dados estatísticos 

Épocas
Atletas
(b)
Horas de treino anuais
(c)
2010/11 (a)
15
58
2011/12
13
299
2012/13
20
297
2013/14
17
254
2014/15
18
151
(a) Fevereiro a Julho 2011.
(b) Número de atletas a quem foram ministrados conhecimentos.
(c) Número de horas anuais que um ou mais alunos atingiu.

No total, ao longo das quatro épocas e meia, passaram pela aprendizagem 50 alunos. Dos iniciais, apenas quatro praticaram durante três épocas consecutivas, todos os outros abandonaram. Na grande maioria nunca soubemos porquê. Na época que agora finda apenas tínhamos cinco inscritos na FPTM. Destes, dois foi a sua terceira época e os outros dois a sua segunda época.
Nestas circunstâncias nunca será possível formar técnica e psicologicamente um atleta com um grau competitivo aceitável. Como se pode constatar na última época, o número de horas de cada um foi manifestamente inferior às anteriores.

COMPETIÇÕES
Esta época não foi tão profícua como as anteriores. Participámos em 30 provas, mas nenhum atleta participou em todas. O máximo em que um ou mais esteve presente foi em 15.
Se a nível individual os resultados obtidos se podem considerar razoáveis, já o mesmo não se pode dizer a nível de equipas, onde na maioria das provas não pontuámos por não conseguirmos ter os elementos necessários para a sua constituição.

           Resultados
INFANTIS
Bruno Marques: Campeão Distrital da 2ª série; 2º no Torneio ADL Torre; 3º nos Torneios da ADCEO e Pirescôxe; 8º Campeonato Nacional de Pares.

João Matos: 2º no Torneio de Pirescôxe; 3º nos Torneios Tiago Apolónia (prova de classif. A) e da ADCEO; 4º no Campeonato Distrital Individual; 5º no Torneio ADL Torre; 8º nos Campeonatos Nacionais de Pares e no Torneio do Torrense; 11º Campeonato Nacional Individual. 

Por equipas
1º lugar no Torneio de Pirescôxe
3º Lugar no Torneio de Montamora
4º Lugar no Campeonato Distrital

CADETES
Afonso Vagarinho : 1º no Torneio da ADCEO; 3º no Torneio de Montamora, 6º no Campeonato Distrital de Pares; 7º nos Torneios de S. Marcos e da Junta de freguesia do Areeiro.
Manuel Rodrigues: 1º nos Torneios de Pirescôxe e da ADCEO; 2º no Torneio de Montamora; 5º nos Torneios de S. Marcos e Mafra Ping Pong Total; 6º no Campeonato Distrital de Pares;

Por equipas
2º Lugar no Torneio de Montamora

Ranking individual
Infantis
João Matos 24º
Bruno Marques 45º
Cadetes
Afonso Vagarinho 55º
Manuel Rodrigues 130º

Das 19 provas que pontuavam para a Classificação Nacional de Atletas (Ranking List), apenas participámos em 6 no escalão de Infantis e 7 no escalão de Cadetes. Quatro delas foram organizadas pela Associação de Ténis de Mesa de Lisboa e realizadas em locais de sua jurisdição.
Nestas provas, para se pontuar, tem de se passar sempre para o mapa final. Como é normal, os atletas com melhor pontuação só defrontarão aqueles com pontuação idêntica numa fase já avançada do mapa. Mesmo na fase de grupos, a sua colocação também segue o mesmo critério. Ora, será sempre difícil os nossos conseguirem obter uma pontuação mais elevada por duas razões: a primeira, por participarmos em poucas dessas provas e a segunda, por vezes tocarem-nos aqueles de valor superior ou idêntico, e aí os nossos adversários costumam levar a melhor pela mais experiência que foram adquirindo.

O desporto em si é uma componente muito importante na formação dos miúdos. É nestas idades que para além do aprenderem a “Saber Ser”, “Saber Estar” e “Saber Fazer”, começam também a criar o seu próprio “PADRÃO DE VALORES”. Tudo o que vai acontecendo nas suas vidas e as decisões, poucas, que vão sendo obrigados a tomar, vai-os moldando, quer no carácter quer na personalidade. No Ténis de Mesa, e em competição em particular, são obrigados a ter de tomar decisões a cada fracção de segundo. 
A competição, sendo praticada a nível individual ou pares, também é jogada a nível de equipas ora, se um ou outro, por qualquer razão, não pode ou não quer competir, a equipa sai prejudicada.
O “Saber Estar” consolida-se na luta; é nesta que se aprende a ganhar, mas também é preciso saber perder. É grato ganharmos, mas não deve ser a qualquer custo. 
A evolução de qualquer atleta faz-se competindo com aqueles de igual ou valor superior, e os triunfos sobre estes têm um significado e valor diferentes.
A competição, seja ela qual for, implica compromisso, e isso traz vários constrangimentos, obrigando a abdicar de algumas coisas, bem como, a sacrificar outras de que gostamos.
A competição deve ser levada a sério, e não de forma leviana. Não é salutar competir por interesse, por conveniência, por dar jeito (se for vou, se não for não faz diferença)…
Para competir é necessário estar-se minimamente preparado. Os treinos devem ser regulares para que o ritmo, a sensibilidade e a precisão não se percam. Seja no treino, numa competição a nível oficial ou qualquer outra, a atitude deve ser sempre a mesma. Situações como as que aconteceram no Campeonato Distrital de Equipas (Cadetes), Campeonato Nacional Individual (Infantis) e Campeonato Nacional de Equipas (Cadetes), não deviam, nem podem voltar a acontecer.

A nossa modalidade ainda é encarada por muitos como de somenos importância e não é prioridade para ninguém. Não existe uma cultura desportiva e ainda não está enraizada uma postura competitiva. Muito ainda há por fazer neste aspecto. Na próxima época a competição terá de ser repensada.

Reparos
As competições levadas a cabo pela ATML decorreram melhor que nas épocas antecedentes, no entanto ainda houve uma prova que foi marcada com oito dias de antecedência.

Objectivos para 2015/16
•Manter e desenvolver o protocolo com o Agrupamento de Escolas Sá da Bandeira.
•Procurar melhorar as condições do espaço existente para o treino e continuar a tentar arranjar um só para o Ténis de Mesa.
•Trabalhar durante o treino no sentido de criar uma cultura desportiva e de melhorar a atitude competitiva.

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